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19.09.2024

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Mercado Livre de Energia: um conceito cada vez mais próximo de todos nós

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Três décadas se passaram desde as primeiras discussões sobre a abertura do mercado de energia na década de 1990, culminando na primeira regulamentação em 2018 (Portaria MME 514/2018). Inicialmente direcionado a grandes consumidores, o mercado de energia passou por uma transformação significativa com a Portaria nº 50/2022, que ampliou o acesso de pequenas e médias empresas, como lojas, condomínios e hospitais, além do setor agrícola, a esta nova e mais econômica forma de adquirir energia. Esta abertura gerou um novo cenário de oportunidades e desafios para todos os agentes envolvidos.

Mas para que “mercado” estão migrando estes novos agentes? Em que cenário estão adentrando as 14,45 mil novas unidades consumidoras nos últimos 12 meses? Tratando-se de um mercado de “livre negociação”, considerando que o perfil médio de contratação destes novos entrantes é de três anos à frente, os preços negociados tiveram uma elevação de 46%, e não tem sido incomum as negociações terem variações semanais na casa de R$ 20,00 a R$ 30,00 por MWh, fica o questionamento: ainda é interessante sair do ambiente conhecido de mercado regulado em direção ao Mercado Livre? A resposta é sim. O que se faz necessário, como em todos os ambientes de negócio, é contar com planejamento, organização e experiência. É aí que entram os comercializadores, que assessoram e facilitam o ingresso no Mercado Livre.

O Mercado Livre de Energia é essencialmente de balcão, negociando contratos com condições e preços fixados diretamente entre as contrapartes, ou seja, cabe a compradores e vendedores entender-se, definindo quando e por quanto tanto tempo firmar contratos de compra e venda de energia, e aí incluem-se todas as fontes geradoras: hídrica, solar, eólica e térmica.

Com a migração, os consumidores têm a possibilidade de previsibilidade de custos, escolha de fonte de energia e, a depender da inteligência de mercado, obter economia significativa, que pode chegar próxima de 25% a 30% em relação ao Ambiente de Contratação Regulada.

Para rentabilizar ativos de geração e proporcionar economia aos consumidores, criou-se um terceiro “agente” para orientar as duas partes (consumidores e geradores) e dar liquidez ao mercado. São os comercializadores e assessores que vendem “Inteligência de Mercado”, trabalhando de forma a tomar contratos com maiores volumes nos geradores e revender em menores, chegando até o mercado de varejo.

Ainda permanece um último questionamento: o que influencia tamanha variação de cenário de preços?  Este é um tema mais complexo, profundamente analisado por quem vive o mercado, como a Coprel, que está inserida neste ambiente de livre contratação há mais de uma década. Em resumo, consideramos como influenciadores as condições de clima (avaliando o volume previsto de precipitações, velocidade dos ventos e insolação nas regiões geradoras), aceleração da economia brasileira e variações do consumo, especialmente no horário de ponta – que possui relação, por exemplo, com ondas de calor e maior uso de aparelhos de ar condicionado.

Para o Mercado Livre de Energia se viabilizar, é preciso haver equilíbrio entre viabilidade de negócios da geração e redução de custos para os consumidores.  Os comercializadores atuam de forma a fazer essa conta “fechar”, reduzindo encargos, gerando resultados e beneficiando o mercado de energia como um todo. A Coprel, com décadas de atuação na distribuição e geração de energia, desenvolveu uma ampla expertise no gerenciamento de contratos, e agora coloca essa experiência a serviço do mercado atuando na comercialização. O futuro do setor elétrico passa pela evolução do Mercado Livre – até o momento em que nós, como consumidores residenciais, possamos escolher a forma de comprarmos energia.

Matéria veiculada na GZH: https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/informe-comercial/2024/09/mercado-livre-de-energia-um-conceito-cada-vez-mais-proximo-de-todos-nos-cm17yp7nq00270133gi1n8iov.html

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