Com ampliação do Mercado Livre de Energia, indústria busca redução na conta de luz

Na última semana (09/08) a Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres) apresentou ao Ministério de Minas e Energia uma proposta que visa a redução de R$ 30 bilhões na conta de luz a partir da ampliação do mercado livre de energia. Ao permitir que um número maior de consumidores possa escolher seus fornecedores de energia, a medida tem o potencial de aumentar a competitividade no mercado, incentivando empresas a oferecerem preços mais competitivos e serviços de maior qualidade.

A proposta encaminhada pela Abrace para diminuição de R$ 30 bilhões na tarifa de energia envolve a redução de subsídios e transferência de encargos para o governo federal, e também contempla outros três pontos:

Contratação de Térmicas Inflexíveis
•  A contratação compulsória de 8 mil megawatts (MW) de térmicas inflexíveis, prevista na lei de privatização das Eletrobras, está sendo monitorada. A proposta é reduzir esse volume pela metade e definir um preço-teto para a contratação, ajustando a legislação atual do marco legal da eólica offshore.

Renovação do Proinfra:
•  Há uma proposta para impedir a renovação do Proinfra, programa que criou benefícios para estimular a geração renovável.

O argumento é que os consumidores estão pagando mais caro por parques de geração eólica tecnologicamente defasados. Atualmente, os valores dos projetos giram em torno de R$ 650 por megawatt-hora, enquanto novos parques eólicos podem ser viabilizados a preços entre R$ 150 e R$ 180 por megawatt-hora.

Subsídios à Indústria de Carvão
•  A questão dos subsídios à indústria de carvão nacional, especialmente para térmicas em Santa Catarina, está em discussão. Há um risco de que esses benefícios sejam estendidos a outros estados, o que poderia impactar negativamente as tarifas de energia.

Para a Coprel, essa iniciativa representa uma oportunidade estratégica para seus cooperantes e clientes. Uma reforma estrutural, com redução de subsídios e a transferência de encargos para o orçamento federal são medidas que favorecem a todos os consumidores, desonerando a fatura de energia onde são cobrados diversos encargos do sistema elétrico.  Além disso, para os consumidores residenciais, essa abertura do mercado livre permitiria uma gestão mais inteligente do consumo, aproveitando variações de preços ao longo do dia para otimizar o uso de eletrodomésticos e outros equipamentos.

A Coprel enxerga com otimismo as propostas de modernização e ajustes regulatórios. Essas mudanças podem abrir novas oportunidades para investimentos e para a melhoria da eficiência na produção de energia. A cooperativa está preparada para apoiar seus cooperantes e clientes nesse novo cenário, oferecendo soluções integradas que aliam eficiência energética e sustentabilidade.

O preço da energia elétrica impacta não somente na conta de luz, mas em todos os produtos e serviços que invariavelmente dependem da energia elétrica para serem fabricados/prestados. Desde o pão até um automóvel, tudo necessita de energia para ser produzido e o custo da energia impacta no preço final dos produtos. Portanto, garantir energia mais barata por meio do Mercado Livre de Energia beneficia a todos, especialmente as famílias mais necessitadas. 

A Coprel segue acompanhando todas as informações e mudanças do setor elétrico, e apoia uma reestruturação equilibrada que promova a sustentabilidade e a eficiência econômica, beneficiando todos os consumidores.

Matéria produzida com apoio de informações do Valor Econômico: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/08/09/entidade-propoe-ampliar-acesso-do-consumidor-ao-mercado-livre-de-energia.ghtml