03.12.2024
VoltarCoprel sedia Seminário de Irrigação para apresentar incentivos aos produtores rurais
O enfrentamento aos desafios climáticos na agricultura passa por soluções como a irrigação, e a energia elétrica é um recurso essencial para a implantação destes sistemas. E para apresentar novos incentivos e possibilidades aos produtores que planejam irrigar áreas em suas propriedades, a Coprel sediou na tarde desta segunda-feira (02/12) a oitava edição do Seminário de Irrigação promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e Emater-Ascar/RS. Cerca de 300 produtores e técnicos acompanharam o evento.
O objetivo central do encontro é apresentar o programa de Subvenção de Irrigação e Reservação de Água (Supera Estiagem) do governo gaúcho, que destina até R$ 100 mil aos produtores rurais que implantarem sistemas de irrigação em suas propriedades. O Seminário também contou com apresentação de cases de sucesso no uso da irrigação, prognóstico climático para a safra 2024/2025, informações sobre a modernização da legislação ambiental que desburocratiza o licenciamento de projetos e a apresentação de diferentes sistemas de irrigação. O facilitador de energia da Coprel, Herton Azzolin, apresentou as possibilidades e incentivos da cooperativa aos produtores que precisam realizar aumento de carga e extensões de rede para implantarem sistemas de irrigação.
A cooperação entre o governo do Estado, entidades do setor agrícola, cooperativas e produtores rurais deve resultar na ampliação da área irrigada no Rio Grande do Sul, o que contribui para o aumento da produtividade e para a economia como um todo. “Temos percebido o empenho do governo gaúcho para a melhoria da infraestrutura no campo. O programa Energia Forte no Campo é um exemplo de aporte de recursos para transformação de redes em trifásicas. Buscamos avançar ainda na criação de um programa de Conectividade Rural em parceria com o governo, para ampliar o acesso à internet no interior. Hoje a Coprel atende 600 produtores com irrigação de todos os portes, totalizando mais de 40 mil hectares irrigados, e estamos apoiando este programa estadual de irrigação facilitando o acesso do produtor a linhas de crédito para financiar aumentos de carga. Estimulamos os produtores a nos solicitar revisão de orçamentos, visando viabilizar os projetos, pois se o Estado participar com recursos a fundo perdido, as prefeituras auxiliarem, com a participação da Coprel e dos agricultores, atingiremos muito mais famílias”, destacou o presidente Jânio Vital Stefanello, anfitrião do evento.
O programa de irrigação do governo do Estado paga até 20% do valor do projeto de irrigação, limitado a uma subvenção de até R$ 100 mil, para a implantação de qualquer sistema de irrigação. Até novembro, a Seapi já recebeu 345 projetos, com investimento total de R$ 86,9 milhões. Sendo que 239 já receberam a Declaração de Enquadramento, com a estimativa de cerca de R$ 11,4 milhões em subvenção que serão pagas aos produtores. Participando do evento, o secretário estadual da Agricultura Clair Kuhn afirmou: “Nosso objetivo foi construir um programa de irrigação de estado, permanente, que atendesse aos interesses dos produtores rurais, e foi nisso que trabalhamos. Os R$ 100 mil é uma espécie de prêmio ao produtor, para aumentarmos a área irrigada do Rio Grande do Sul, além de garantir a produtividade em todas as safras”.
O secretário adjunto da Sema, Marcelo Camardelli, e o diretor técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Gabriel Ritter, apresentaram as atualizações na legislação ambiental.“Nós queremos dar objetividade ao licenciamento, focando naquilo que realmente causa impacto ambiental. Trazemos a inovação da licença em uma única fase para portes mínimo e pequeno, e para os demais portes (médio e grande), as licenças em duas fases. É uma resolução que busca trazer objetividade e acima de tudo a segurança jurídica, tanto para quem licencia como para quem empreende, para implantar o seu empreendimento em consonância com a legislação ambiental”, afirmou Camardelli.
Também participaram do seminário o diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera, o prefeito de Ibirubá, Abel Grave, e representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag), da Federação da Agricultura do RS (Farsul), da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), da Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Ibirubá (Copeagri), da Cooperativa Agrícola Mista General Osório (Cotribá) e da Associação dos Municípios do Alto Jacuí (Amaja).
Deixe seu comentário